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"Percorrendo trajetos do sujeito surdo"
O Guia Surdo
..."que a busca por pistas, trilhas ou caminhos nos guie ao conhecimento e nos envolva no movimento da vida, mostrando as respostas que buscamos, para que possamos prosseguir e avançar"...
Em 2004 começamos a pensar, a partir das experiências adquiridas, mudanças e novas lutas que ainda precisaríamos travar para nos aproximarmos das nossas metas. Refletimos sobre as perdas na aquisição do conhecimento, pois as informações nos chegam filtradas e restritas. Temos, sempre que nos esforçar para descobrir e entender os caminhos e nem sempre somos bem sucedidos. Inevitavelmente, o desconhecimento, a intolerância e o desrespeito fizeram com que nos fechássemos no nosso mundo, um outro mundo, o mundo dos surdos.
Descobrimos porém, que a nossa luta deve priorizar uma causa maior, não a do surdo ou a do ouvinte, a da vida. Formamos então um grupo, com a pretensão de desenvolver um trabalho voltado para troca e aquisição de experiências, desde palestras, cursos, eventos, atividades de lazer e outros, para todas as pessoas que queiram partilhar conosco uma grande caminhada.
O motivo
As comunidades surdas, apesar de viverem e conviverem com as comunidades ouvintes, pertencem a mundos diferentes, a barreira que os separa; a comunicação.
Os surdos, usuários de uma língua com estrutura e modalidade diferentes, a língua de sinais, e fazendo parte de uma minoria, ficam excluídos dos processos sociais, educacionais e todos os demais, imprescindíveis ao desenvolvimento, enquanto cidadão e indivíduo detentor de potenciais.
Diante dos fatos, sentimos a necessidade de criarmos um espaço que possa atenuar esta distância, para que o estrangeirismo do mundo surdo, afinal convivemos no mesmo espaço físico, passe a condição de conterraneidade. Que a língua de sinais possa ser difundida e utilizada por todos que tenham interesse em fazer parte deste processo inclusivo, bem como, fazer com que a inclusão seja um processo real, proporcionando as pessoas surdas conhecimento para que a partir de então, adquiram ferramentas que possibilite o seu empoderamento.
Nossa proposta é interagir, divulgar, fazer com que os trajetos trilhados pelo povo surdo sejam compartilhados, que a sua língua não seja uma barreira e sim a ponte que liga os dois mundos e que possamos conviver com a diferença de forma respeitosa e digna.
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